Inclusão social de jovens apoiada pelo MPT em Ilhéus disputa prêmio Innovare

Uma iniciativa que está transformando a vida de dezenas de adolescentes em situação de vulnerabilidade social do município de Ilhéus, no sul da Bahia, está concorrendo ao 15º Prêmio Innovare, que busca difundir práticas que possam contribuir para o aprimoramento da Justiça no país.

O Projeto Jovem Social é uma iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT) junto com outros órgãos, que visa profissionalizar e capacitar adolescentes para o mercado de trabalho. Ele já formou uma turma e outro grupo já está concluindo a capacitação.

Durante o curso, os jovens têm aulas diárias com quatro horas de duração durante cinco meses. As especializações são nas áreas de informática, fotografia, artesanato, ética, corte de cabelo e escova e produção de cosméticos. Os participantes do projeto são selecionados através do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) e do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), programas desenvolvidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS). Eles recebem bolsa de R$400, além de transporte e lanche, de acordo com a frequência nas aulas. O dinheiro usado no pagamento das bolsas foi obtido em ações do MPT.

O Projeto Jovem Social está agora em fase de avaliação pelos jurados do Prêmio Innovare. O prêmio, que já acontece desde 2004, tem em sua comissão julgadora ministros do Superior Tribunal Federal (STF), promotores, juízes, desembargadores, advogados, defensores e outros profissionais interessados em contribuir no desenvolvimento do Poder Judiciário. Caso passe de fase, o projeto segue para a última etapa, onde são selecionados os vencedores da edição, em seguida passa pela cerimônia de premiação e tem a prática incluída no Brasil inteiro.

Além da capacitação profissional e do apoio financeiro, os jovens que participam da iniciativa têm ainda acompanhamento psicológico e social. O projeto conta com a parceria do Ministério Público do Estado da Bahia, da Prefeitura de Ilhéus, através do Creas, do Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) e de entidades como a Associação Padre Paulo Tonucci e o Abrigo Feminino. Ao final do curso, os jovens recebem certificação de conclusão de curso A primeira turma do projeto recebeu a certificação em maio deste ano.

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