Estudantes de 25 cidades baianas vão aprender a combater trabalho infantil

Estudantes da rede pública, do terceiro e quarto anos do ensino fundamental de 25 e municípios baianos vão discutir em sala de aula assuntos como direitos do trabalho e proteção da infância e juventude.

O primeiro passo para isso foi dado nessa segunda-feira (13/08) durante a Oficina de Capacitação do projeto MPT na Escola, que reuniu no Bahia Othon Palace Hotel, no bairro de Ondina, em Salvador, professores, diretores e coordenadores pedagógicos de escolas, além de policiais militares e guardas civis municipais de Salvador. Durante o encontro, eles foram instruídos sobre como trabalhar a temática em sala de aula e sobre como funciona a rede de proteção da criança e do adolescente.

O projeto, que já é executado em diversos municípios baianos, agora está sendo ampliado para crianças do terceiro e quarto anos. Por isso, o material didático fornecido pelo MPT sofreu alterações e será distribuído ainda este mês para todos os alunos das escolas participantes, como parte de um kit que as unidades de ensino recebem, onde estão também revistas em quadrinhos e material para a orientação dos professores. O projeto também prevê a premiação por semestre dos melhores trabalhos desenvolvidos em sala de aula sobre a temática, garantindo prêmios em dinheiro para alunos e professores.

Na Bahia, o projeto é coordenado pela procuradora do MPT Rita Mantovaneli, que destacou a importância da grande participação no evento de capacitação “Estou feliz em ver que contamos com a presença de representantes de 25 municípios, inclusive alguns que voltam agora a fazer parte do projeto. Só com a integração dos professores de todo o país teremos possibilidade de lutar contra a existência do trabalho infantil em nosso país”, afirmou na abertura do evento, que contou ainda com a participação do vice-procurador-chefe de gestão do MPT na Bahia, Marcelo Travassos.

A oficina foi ministrada pela procuradora regional Margaret Matos, que atua no MPT no Distrito Federal, e pela procuradora do MPT de Pernambuco Jailda Pinto. Explicaram como funciona a rede de proteção e destacaram os elementos que podem servir para que o professor identifique situações em que o jovem esteja tendo que dividir seu tempo entre os estudos e o trabalho e como agir nesses casos. Como alertou o presidente do Fórum Estadual pela Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Adolescente Trabalhador (Fetipa), o auditor do trabalho Antônio Inocência, 80% das crianças em situação de trabalho infantil estão frequentam a escola.

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