MPT reúne influenciadores digitais para falar do combate ao trabalho infantil

Um milhão de seguidores reunidos numa sala com pouco mais de 20 pessoas. Esse foi o cenário da reunião promovida na noite dessa quinta-feira (06/06) pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) com um grupo de influenciadores digitais para debater formas de sensibilizar a sociedade para a necessidade de apertar o cerco contra o trabalho infantil.

A ação faz parte da comemoração pelo Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, que acontece no próximo dia 12 de junho. Com o engajamento de novos parceiros, o órgão pretende ampliar o alcance e a penetração da mensagem na sociedade.

“Garantir que a criança e o adolescente sejam preservados e tenham a oportunidade de estudar e brincar durante todo o seu período de formação física e intelectual é uma missão de todos e estamos aqui justamente para buscar novos horizontes de sensibilização da sociedade pare a questão”, explicou a procuradora regional do MPT, Virgínia Senna. Ela falou para um grupo de 20 influenciadores digitais dos mais diversos ramos, como beleza, fitness, moda, empreendedorismo e dança. Em seguida, os próprios influenciadores participaram da gravação de um vídeo com eles mesmos falando sobre o tema a ser divulgado na data comemorativa nas redes sociais.

A campanha que o MPT na Bahia está realizando para este 12 de junho reproduz o conceito escolhido pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) e pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador (Fetipa). A campanha também conta com a participação da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Na Bahia, a coordenação ficou a cargo da agência Clubbe’tgt. Outros parceiros são a AltMidia, Sérgio K e Bell Camisetas.

O lema da campanha este ano é “Criança não deve trabalhar, infância é para sonhar”. As peças apresentam ainda as dez razões para uma criança não trabalhar, oferecendo informação e argumento para que cada cidadão faça sua parte no processo de erradicação do trabalho infantil. “Nossa atuação hoje não é punitiva, mas de orientação e em rede, para atacar o problema que leva uma família a expor seus filhos ao trabalho precoce e atacando a origem, através de políticas públicas e acompanhamento social”, explicou a procuradora. Além das ações em mídias sociais, vão ocorrer em todo o estado panfletagens em locais como feiras livres e sinaleiras onde ocorre a exploração da mão de obra de crianças e jovens.

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