MPT instaura inquérito para apurar acidente em prédio no Corredor da Vitória

O Ministério Público do Trabalho (MPT) vai apurar as responsabilidades trabalhistas pelo acidente que deixou oito trabalhadores feridos após um teleférico localizado na Mansão Wildberger, prédio de luxo no bairro do Corredor da Vitória, em Salvador, despencar na tarde da última quinta-feira (14). O inquérito foi aberto nesta sexta-feira (15/10). 

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) compareceu ao local para atender a ocorrência e de acordo com informações passadas à  imprensa, um enfermeiro do Samu informou que, das oito pessoas que estavam no teleférico, uma é um engenheiro que não sofreu fraturas, outra é uma mulher, atendida ainda no local do acidente, e que também não ficou ferida. Ainda segundo o enfermeiro, as outras seis pessoas foram levadas pela equipe do Samu até a região do térreo do edifício e destas, duas pediram liberação, pois não quiseram ser encaminhadas para o hospital.

Outras duas pessoas foram encaminhadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Paripe com suspeita de fratura no braço. Um homem foi encaminhado à UPA dos Barris para receber atendimento médico e outro segue aguardando regulação para um hospital particular da capital baiana.

A Superintendência Regional do Trabalho da Bahia (SRT-BA) também foi acionada para realizar estudo que determine as causas do acidente e eventuais descumprimentos de normas de saúde e segurança do trabalho. A SRT deverá elaborar relatório técnico apontando eventuais falhas em normas regulamentadoras de saúde e segurança do trabalho. Essa peça será elemento fundamental para o inquérito do MPT.

O MPT abriu o inquérito civil para reunir informações que identifiquem os responsáveis pelo acidente de trabalho. Eventuais falhas no cumprimento de normas de saúde e segurança do trabalho que tenham levado ao acidente serão investigadas para que os responsáveis respondam.

O caso será distribuído e analisado pelo procurador designado para presidir o inquérito. Nos próximos dias, deverão ser encaminhados ofícios aos órgãos de fiscalização, como Departamento de Polícia Técnica, Corpo de Bombeiros e principalmente Superintendência Regional do Trabalho da Bahia (SRT-BA).

São os auditores-fiscais do trabalho da SRT-BA que deverão concluir a peça principal do inquérito, que é o laudo apontando as falhas nas normas de segurança que levaram à tragédia. A partir dos dados recolhidos, o MPT vai buscar a reparação dos danos em um ajuste de conduta ou uma ação judicial.

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