Jornalistas se reúnem no MPT para debater cobertura do trabalho escravo

O Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia vai sediar na próxima segunda-feira (30), a partir da 18h, a Oficina Temática sobre o Trabalho Escravo para Jornalistas.

O curso será realizado pela Comissão de Erradicação do Trabalho Escravo do Estado da Bahia (Coetrae), como ação do Plano Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo. O evento terá a presença do jornalista especializado em direitos humanos Marques Casara, do coordenador da Secretaria de Direitos Humanos do estado Admar Júnior e da coordenadora da Agenda Bahia do Trabalho Decente, Tânia Portugal.

O curso faz parte do Projeto Ação Integrada, desenvolvido em parceria pelo MPT, pelas secretarias de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).  O seminário irá acontecer no auditório do MPT, localizado na Av. Sete de Setembro, 308, Corredor da Vitória, com carga horária total de quatro horas e entrega de certificado. As vagas são limitadas e os interessados em participar do evento devem fazer a inscrição por meio de formulário online no site da Secretaria de Justiça: www.justicasocial.ba.gov.br.

Um dos principais desafios relacionados ao trabalho escravo é formar agentes multiplicadores para enfrentar a essa prática criminosa que viola os direitos básicos do ser humano. Marques Casara vai tratar sobre a cobertura jornalística de fatos envolvendo trabalho escravo. Ele pretende promover entre os participantes o entendimento do problema e oferecer dicas de apuração, caminhos para a construção de uma boa reportagem e como fazer uma assessoria de imprensa.

Admar Júnior vai apresentar o cenário do trabalho escravo na Bahia e enfatizar duas vertentes de políticas públicas para combater esse crime, tanto a repressiva quanto a preventiva. “Ainda hoje, pessoas são submetidas a condições análogas às de escravo e essas situações ocorrem principalmente em atividades rurais, mas existem trabalhadores sendo explorados em condições degradantes também em zonas urbanas. O desafio é aprofundar a agenda política, para contemplar diversas áreas”, explica o coordenador.

Tânia Portugal vai falar sobre o Projeto Ação Integrada (PAI). Ela explica que essa é uma iniciativa de resgate de cidadania, que visa promover a inclusão dos trabalhadores egressos e vulneráveis no meio social, o resgate da cidadania e a elevação da autoestima, além de evitar o retorno à situação degradante. O projeto teve seu início no estado em 2013 e resultou de um intercâmbio entre Mato Grosso e Bahia. Os primeiros trabalhadores beneficiados eram de Araci-BA e foram resgatados na construção civil em Belo Horizonte.

Tags: Trabalho Escravo

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