Observatório do MPT dará visibilidade a desigualdades no mercado de trabalho

O Ministério Público do Trabalho (MPT) lança, nesta quinta-feira (15/08), o Observatório da Igualdade no Trabalho, que reunirá dados relativos à igualdade de condições e de acesso ao trabalho entre gêneros, raças, faixas etárias, entre outros recortes.

A nova plataforma estará disponível para consulta de jornalistas, pesquisadores, estudantes e demais interessados através do endereço https://smartlabbr.org/. O Observatório da Diversidade vai integrar o conjunto de plataformas com dados de diversos órgãos e cruzamento de informações por região geográfica, período e tipo de ocorrência, entre outros. Os Observatórios já disponíveis tratam dos temas Saúde e segurança, Trabalho, escravo e tráfico de pessoas, Trabalho decente e Trabalho infantil.

Para a coordenadora regional de combate à desigualdade no trabalho do MPT na Bahia, Larissa Amorim, “a iniciativa de disponibilizar dados estatísticos tem o objetivo de dar visibilidade aos altos níveis de discriminação ainda existentes nas relações de trabalho no Brasil e assim poder combater o problema”. Os dados disponíveis no portal apontam, por exemplo, que no Brasil o rendimento mensal de mulheres na economia formal é, em média, de R$ 2.700, enquanto o de homens é de R$ 3.200. Em cargos de direção no setor privado, o salário deles é em média R$ 10 mil superior ao delas.

Alguns números revelados pelo observatório chamam a atenção para a disparidade que há entre diferentes categorias de trabalhadores, chamando a atenção para o preconceito que se revela também nas relações de trabalho. As mulheres brancas, por exemplo ganham em média 76% do rendimento obtido por homens brancos. Já os homens negros ganham 68% do valor pago aos homens brancos, enquanto que as mulheres negras recebem 55% do salário pago a brancos do sexo masculino. O Observatório da Igualdade do Trabalho é resultado de uma parceria entre o MPT e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Maria do Amparo é conhecida como a primeira mulher mestre de obras e um símbolo da luta contra a discriminação no trabalho
Maria do Amparo é conhecida como a primeira mulher mestre de obras e um símbolo da luta contra a discriminação no trabalho

 

Imprimir