MPT faz proposta para tentar abrir diálogo entre rodoviários e patrões

Na primeira audiência de mediação realizada na tarde desta terça-feira (05/05) na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), os procuradores decidiram apresentar uma proposta para tentar destravar o processo de negociação entre rodoviários de Salvador e Empresários do transporte urbano.

A iniciativa do MPT tem o objetivo de permitir que as duas partes possam buscar um entendimento em relação ao acordo coletivo da categoria profissional, que é tem data-base em 1º de maio. Patrões e empregados aceitaram levar a proposta para suas respectivas assembleias e voltam a se reunir no MPT na próxima quarta-feira (13/05), às 9h.

No início da audiência de mediação, as duas partes relataram que vinham se reunindo há algumas semanas mas não haviam chegado a qualquer avanço nas negociações. Os empregados, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário no Estado da Bahia (Sintroba) haviam apresentado a pauta de reivindicações, mas não receberam uma contraproposta dos patrões, representados pelo Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros do Estado da Bahia (Sintran), pelo Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Fretamento e Turismo do Estado da Bahia (Sinfrete) e pelo Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros de Salvador (Setps).

Para evitar o prolongamento do impasse, os procuradores Pedro Lino de Carvalho Júnior e Bernardo Guimarães, responsáveis por conduzir a mediação, decidiram trazer uma proposta conciliadora, diferente da pauta dos rodoviários. “Acreditamos que, a partir de agora, existem bases para uma negociação efetiva, já que até hoje só havia a pauta de reivindicações. Creio que cada parte poderá analisar a proposta do MPT e trazer suas ponderações para que assim possamos chegar a um consenso”, avaliou Pedro Lino.

A proposta do MPT prevê ganho real de 2,5% acima da inflação no ano, reajuste no tíquete alimentação para R$16, com desconto de 5% desse valor em folha, a título de contrapartida, e redução do valor descontado dos funcionários a título de contrapartida para o plano de saúde, que cairia dos atuais R$27 para R$13,50. Também foi proposta a criação de uma comissão para a implantação do Programa de Participação nos Lucros e Resultados, com prazo de 60 dias.

Tags: Negociação

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