Maternidade Ester Gomes retoma atendimento após um mês de greve
O atendimento ao público aos poucos volta ao normal na Maternidade Ester Gomes, em Itabuna, que desde o último dia 9 de junho permaneceu parada por causa de uma greve dos funcionários.
Com o acordo fechado na tarde de ontem (08/07), na sede do Ministério Púbico do Trabalho, em Itabuna, os 90 empregados diretos da unidade de saúde e os cerca de dez médicos que atuam como prestadores de servidos no local voltaram a tr5abalhar nessa quinta-feira (09). Segundo a Direção da Fundação Fernando Gomes, mantenedora do hospital, o número de pacientes ainda é pequeno, mas tende a crescer nos próximos dias.
As negociações para que fossem retomadas as atividades da maternidade foram conduzidas pela procuradora do trabalho Sofia Vilela e contaram com a participação também do Ministério Público do estado, além de representantes das secretarias de saúde do estado e do município. Os trabalhadores, sem receber o salário de maio, concordaram em voltar ao trabalho mesmo sem receber. A unidade de saúde se comprometeu, no entanto, a utilizar os R$240 mil que devem ser creditados pela Secretaria da Saúde do Estado no próximo dia 15, para quitar a folha de maio e para pagar parte dos contratos de prestação de serviços dos médicos, atrasados, em qlguns casos, desde o ano passado.
A situação especial dos médico nessa negociação foi comentada pela procuradora. “Tivemos que nos esforçar para garantir a volta ao trabalho com garantias reais de pagamento dos atrasados, mas no caso dos médicos, não se trata de salários, uma vez que eles trabalham como autônomos na unidade, uma prática que o MPT condena justamente por causa da precariedade dessa relação, além de ser ilegal”, analisou. Os médicos, no entanto, também retomaram o atendimento desde a manhã de hoje (09), segundo garantiu a presidente da Fundação Fernando Gomes, Cristiane Monteiro Oliveira.
O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna informou que os trabalhadores presentes na assembleia de ontem (08) concordaram com o acordo, que foi assinado logo depois na sede do MPT e desde as primeiras horas voltaram ao trabalho, seguindo a escala de plantões. Quanto aos médicos, a entidade explicou que não os representa. Para a procuradora Sofia Vilela, “o caso dos médicos autônomos da Maternidade Estar Gomes é semelhante ao de outras unidades de saúde da região, que adotaram um modelo ilegal de contratação, que não protege o trabalhador nesses casos. Apesar disso, o acordo fechado com a unidade de saúde prevê o uso de parte das faturas a receber da Sesab para quitar atrasados desses profissionais”, explicou.
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