Justiça do Trabalho elogia atuação do MPT na Bahia na eleição do Sincotelba

A atuação do Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia na garantia de eleições isentas para a escolha da nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Estado da Bahia (Sincotelba) recebeu elogios da juíza Soraya Gesteira de Azevedo Lima Marques, então titular da 2ª vara do Trabalho de Salvador. Após duas tentativas frustradas de realização do pleito e de uma judicialização do processo, o MPT, com o apoio da Polícia Federal, cuidou da condução do processo de apuração dos votos, após a coleta de votos entre os dias 27 e 30 de outubro.

Os elogios e agradecimentos da magistrada foram expressos em ofício encaminhado ao MPT. O clima de tensão envolvendo as seis chapas que disputavam a direção da entidade e o fato de o processo estar sendo conduzido através de intervenção judicial fizeram com que os três procuradores designados para acompanhar a apuração – Pacífico Rocha, Rômulo Almeida e Alberto Balazeiro – optassem por retirar as urnas da sede do sindicato para que os votos fossem contados no MPT, localizado no bairro da Vitória, em Salvador. A apuração, mesmo sob relativa tensão, transcorreu normalmente e entrou pela madrugada do dia 31 de outubro, quando o resultado foi encaminhado para a Justiça do Trabalho, responsável pela homologação.

A eleição foi vencida pela Chapa 05 da Intersindical/Conlutas por uma pequena margem de votos. O processo de intervenção aconteceu após várias denúncias de direcionamento do processo eleitoral, que inclusive tiveram repercussões criminais com suspeitas de roubo de urnas e uso de armas de fogo para intimidação de parte a parte. A entrada do MPT no caso foi solicitada diretamente pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho Ives Gandra, após sete meses de intervenção judicial na entidade. Além do procurador-chefe, Alberto Balazeiro, atuaram no caso o coordenador estadual de Promoção da Liberdade Sindical, Pacífico Rocha, e o membro da coordenadoria Rômulo Almeida.