Mediação no MPT encerra a greve dos funcionários da Bahiagás
As negociações conduzidas pelo Ministério Público do Trabalho entre os funcionários e a direção da Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás) avançaram na reunião realizada na sede do órgão na tarde desta terça-feira (25) e a greve acabou com um acordo entre as partes. A proposta negociada entre patrões e empregados e formulada pelo procurador Bernardo Guimarães foi aprovada em assembleia dos trabalhadores no pátio do MPT, no Corredor da Vitória.
O reajuste proposto de 9,2% nos salários valerá a partir do mês de outubro. Antes disso, os vencimentos dos funcionários terão reajuste de 7,64% sobre os salários de março, que serão pagos reatroativamente aos valores dos contracheques de abril a setembro. Todos os demais itens da convenção coletiva seguiram esses mesmos percentuais. Os dias úteis parados poderão ser descontados ou compensados pelos trabalhadores, que devem fazer individualmente a opção. Em caso de desconto, ele será feito de forma parcelada, com um dia por mês.
O procurador Bernardo Guimarães avaliou como positiva a reunião e o acordo. “A proposta final construída após longa negociação garante ganhos para os trabalhadores e preserva a empresa, garantindo um equilíbrio e evitando a judicialização da greve e sua extensão. Num eventual dissídio, qualquer uma das partes poderia ter prejuízos grandes em relação ao que ficou acordado na mesa”, afirmou.
O impasse entre a Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás), empresa de economia mista controlada pelo Estado da Bahia, e seus funcionários, levou à greve deflagrada no último dia 14 de agosto. O principal ponto de entrave de um acordo entre as partes era o percentual de reajuste dos salários. O Sindicato dos Químicos da Bahia (Sindiquímica) e os representantes da empresa procuraram o MPT na semana passada e tiveram duas reuniões na sede do órgão para destravar o processo de negociação, que caminhava para um travamento, com possibilidade de ser levado para dissídio coletivo.