Palestra orienta servidores do MPT sobre zika, chikungunya e dengue

“De todas as arboviroses, a que mata ainda é a dengue”. Foi com essa afirmação que o infectologista Fábio Amorim, do Hospital Couto Maia, iniciou sua palestra sobre os vírus zika, chikungunya e dengue no Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia.

O debate reuniu servidores, terceirizados, estagiários e membros do MPT na tarde de terça-feira (01/03) no auditório da sede do órgão. O infectologista falou sobre alguns casos das doenças na Bahia e explicou mais sobre formas de prevenção e tratamento.

O Aedes aegypti é o principal transmissor da dengue, zika e chikungunya. As fêmeas picam e são as responsáveis pela transmissão das doenças. Amorim explicou que, das pessoas que tiveram dengue, 99% apresentaram febre, 60% dor de cabeça frontal severa e dores nas articulações e músculos, 50% tiveram dores atrás dos olhos, prostração, indisposição, perda de apetite e náusea e apenas 25% das pessoas apresentaram manchas vermelhas no corpo, especialmente no tórax e braços. Para diagnosticar o vírus, explicou Amorim, é utilizado um método chamado PCR, que só é feito em laboratório. Ele informou que essa investigação é muito cara.

Amorim destacou a importância da prevenção para o combate ao mosquito. “É importante controlar todos os focos, começando por eliminar os locais de procriação do mosquito, já que hoje não se encontram ovos só em água limpa e parada, mas também na água suja. A proteção pessoal deve ser utilizada, com o uso de repelentes e roupas compridas, além de mosquiteiros e redes nas janelas”, explica o infectologista.

O mosquito pode picar um animal contaminado e repassar para um humano. Aves, suínos, macacos e roedores podem abrigar o vírus. Além do próprio Aedes aegypti, o zika também pode ser transmitido através de carrapatos e pelo mosquito culex. A dengue também é transmitida pelas fêmeas do mosquito infectado. Estes mosquitos possuem hábitos domésticos, se alimentam durante o dia e põem seus ovos em água parada, onde geram as larvas. Ele falou também sobre a síndrome de Guillain-Barré, doença rara neurológica que acomete pacientes que tiveram uma dessas viroses e que pode provocar paralisia na musculatura do corpo.

Tags: Saúde

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