Ministérios Públicos aprovam estrutura dos centros de acolhimento do Carnaval
Crianças e adolescentes filhos de pessoas que vão trabalhar durante o Carnaval poderão ficar durante os seis dias de festa em quatro centros de convivência montados pela prefeitura.
O objetivo é garantir que eles não fiquem expostos nas ruas a riscos de acidentes, exploração sexual e ao trabalho infantil. A estrutura dos centros de acolhimento foi verificada na manhã desta quarta-feira (22) por representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), que aprovaram a qualidade das instalações e dos serviços oferecidos.
Para a procuradora regional do trabalho e coordenadora, no MPT, de combate ao trabalho infantil Virginia Senna, “os espaços contam com toda a infraestrutura necessária e com pessoal capacitado para acolher com conforto e segurança jovens e crianças. Com isso, não vai haver desculpa para ambulantes, catadores de material reciclado e outras pessoas que trabalham durante a festa levarem seus filhos para os circuitos da folia”, avaliou. Ela esteve nas quatro unidades junto com a procuradora do MP-BA, Márcia Rabelo.
Os quatro centros de acolhimento não funcionar a partir das 13h de quinta-feira (23), abrigando crianças com idade de 0 a 17 anos até a Quarta-feira de Cinzas. As unidades situadas no Circuito Osmar funcionarão nas escolas estaduais Senhor do Bonfim, nos Barris, com crianças de 0 a 6 anos, e Teixeira de Freitas, em Nazaré, com a turma de 7 a 17 anos. Já no Circuito Dodô, crianças de 0 a 6 anos ficarão no CMEI Calabar. Os jovens de 7 a 17 anos estarão abrigados no Centro Integrado a Criança e Adolescente (Ciac), no Alto de Ondina. Cada espaço tem capacidade para atender até 70 crianças.
Todos os quatrop espaços mantidos pela Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) foram visitados pelas duas procuradores e equipe de apoio dos Ministério Públicos do Trabalho e do Estado. Elas foram informadas de que serão servidas seis refeições diárias e que terão ainda programação de atividades recreativas e culturais, inclusive com bailes de Carnaval, animados por artistas como Nairzinha. Os centros contam ainda com os serviços de assistentes sociais, pedagogos, psicólogos e educadores, que cuidarão das crianças e jovens e também farão atendimento das famílias no momento da entrega.