Roda de conversa no MPT debate caminhos para o financiamento sindical

Os desafios do financiamento das entidades sindicais, após os prejuízos da reforma trabalhista, foram objeto de debate na última terça-feira (14/05) na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia, no Corredor da Vitória, em Salvador.

Com a presença de alguns dos maiores especialistas do país em direito sindical e vários dirigentes de entidades, o evento propiciou um amplo debate sobre o tema. Feito em parceria pelo Centro de Estudos Jurídicos do MPT na Bahia e pela Escola Judicial do TRT, foi uma oportunidade excelente para aprofundar o assunto a aproximar instituições e entidades.

A roda de conversa contou com exposições do juiz do trabalho e professor universitário Luciano Martinez; do procurador do Trabalho Jefferson Luiz Maciel Rodrigues, lotado no MPT do Rio de Janeiro; e do procurador regional do Trabalho Ronaldo Lima dos Santos. A coordenação da mesa coube ao também procurador do MPT e coordenador do Centro de Estudos Jurídicos do órgão na Bahia, Pedro Lino de Carvalho Júnior. Na abertura, ainda participaram o procurador-chefe do MPT, Maurício Brito, a vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho, desembargadora Léa Nunes, e a superintendente Regional do Trabalho da Bahia, Fátima Freire.

Diversas lideranças sindicais lotaram o auditório, tais como a presidente da CTB, Rosa de Souza; Roberto Santana e Adriano Abreu (Sindibeb); Aurino Pedreira e Flora Lassance (Federação dos Metalúrgicos e CTB Bahia); Antônio José e Manoel Carlos (Sinposba); José Antônio (Federação dos Bancários); Anderlei Costa, Antônio Suzart, José Rodrigues e Antônio Sebastião (SintraSuper); e Rosemeire Correia e Antônio Fernando (Sindicato dos Comerciários), dentre muitos outros.

O procurador regional e ex-coordenador nacional de Promoção da Liberdade Sindical e do Diálogo Social, Ronaldo Lima, ressaltou que “só passaram a existir direitos sociais e trabalhistas, além de todos os órgãos e leis que defendem o trabalho, a partir das lutas coletivas dos sindicatos”. Por conta disso, segundo o procurador, “é importante garantir o seu financiamento de forma democrática”. Já o juiz do trabalho Luciano Martinez explicou o entendimento vigente no Judiciário, que permite a cobrança da contribuição assistencial, desde que haja amplo direito à oposição. O procurador Jefferson Rodrigues lembrou que “para ter um sindicato forte, é preciso ter recursos para custear bons negociadores, bons advogados, bons estudos”.

Auditório do MPT ficou repleto de representantes de entidades sindicais
Auditório do MPT ficou repleto de representantes de entidades sindicais

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